O Brasil vive uma polarização política intensa, e a eleição presidencial de 2022 tem potencial para ser o episódio mais dramático dessa polarização. Por um lado, temos o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), que liderou o Brasil por dois mandatos consecutivos, de 2003 a 2010. Por outro lado, temos o atual presidente Jair Bolsonaro, do Partido Social Liberal (PSL), um político de extrema-direita que se tornou presidente em 2018, após uma campanha agressiva e polêmica.

Lula, após sair da prisão, recuperou-se politicamente e tem se consolidado como o candidato mais forte do campo da esquerda. Em pesquisas de opinião recentes, ele apareceu em primeiro lugar em todos os cenários testados, com mais de 40% das intenções de voto. Lula é carismático, experiente e tem apoio popular comprovado em duas eleições presidenciais anteriores, o que lhe dá uma vantagem considerável sobre seus oponentes.

Bolsonaro, por sua vez, continua a polarizar a opinião pública. Ele tem uma base política forte, especialmente entre eleitores de direita e grupos conservadores, mas também tem alto índice de rejeição, o que o coloca em desvantagem em relação a Lula. Bolsonaro tem enfrentado críticas por sua gestão na área da saúde durante a pandemia da COVID-19, além de estar envolvido em investigações sobre corrupção em sua família, o que pode enfraquecer sua posição política.

Além de Lula e Bolsonaro, outros candidatos também deverão participar da disputa eleitoral em 2022. Entre eles, destacam-se Ciro Gomes, do Partido Democrático Trabalhista (PDT); João Doria, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB); e Sergio Moro, o ex-juiz federal e ministro da Justiça que se tornou famoso pela Operação Lava Jato, mas ainda não declarou oficialmente sua candidatura.

Com uma polarização política que parece cada vez mais acentuada, as eleições de 2022 no Brasil prometem ser um verdadeiro teste para a democracia do país e para a capacidade dos brasileiros de superarem suas diferenças políticas. Ainda é cedo para dizer quem levará a melhor entre Lula e Bolsonaro, mas uma coisa é certa: a disputa eleitoral será acirrada e polarizada, e o resultado terá profundas implicações para o futuro do Brasil.